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Gaeco prende quadrilha que movimentou R$ 8 milhões em fraudes

Desencadeada na manhã de quinta-feira, dia 14, operação, intitulada ‘Arquivos Deslizantes’, prendeu integrantes na região de Rio Preto, que participavam de esquema chefiado por vereador de Catanduva

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Uma operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu sete pessoas na região de Rio Preto na manhã de quinta-feira, dia 14. O grupo, especializado em fraudes de licitações, agia em pelo menos três estados e teria movimentando aproximadamente R$8 milhões entre 2009 e 2014. Em Catanduva, o vereador Daniel Palmeira (PR) seria o suposto líder da quadrilha e foi detido em sua casa logo pela manhã no início da operação, que foi batizado como ‘Arquivos Deslizantes’.

O promotor André Camilo Castro Jardim afirma que as investigações começaram em 2014quando o Gaeco de Piracicaba recebeu uma denúncia de fraude naquela região. “Começamos a investigar a possível fraude e logo identificamos os integrantes desta organização. Também descobrimos que haviam outros procedimentos distintos, além da região de Piracicaba”.

Investigações apontavam que existiam fraudes em licitações para compra de módulos de arquivos deslizantes por prefeituras e Câmaras Municipais de diversos municípios, inclusive em outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O Gaeco descobriu que a quadrilha participava das licitações com mais de uma empresa e, após prévio ajuste entre elas, um integrante do era o vencedor da licitação. “Era uma organização criminosa estabelecida entre várias empresas e pessoas que participavam de licitações. O que elas estavam previamente combinada especificação nas licitações que afastava qualquer concorrência. Eles apresentavam propostas previamente ajustadas e também induzia os órgãos públicos com referencias técnicas que atendia o interesse da própria organização. Assim eles conseguiam vencer as licitações e ao mesmo tempo conseguiam afastar a concorrência de outras empresas”, diz o promotor.

Foram identificadas mais de 70 licitações fraudadas pelo grupo em várias regiões de São Paulo, Minas Gerais e também em cidades do Rio Grande do Sul. Somadas, elas provocaram prejuízos aos cofres públicos de mais de R$ 8 milhões. Ao todo foram cumpridos 48 dos 50 mandados, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte e em diversos municípios das regiões de Piracicaba, Campinas e Franca. Na região de Rio Preto sete pessoas foram detidas e ficarão presas temporariamente. Foram realizadas três prisões em Tabapuã e quatro em Catanduva, entre elas, o vereador Daniel.

Chefão

O vereador Daniel Palmeira (PR) seria o suposto líder da quadrilha que fraudava licitações em pelo menos três estados. “Ele mantinha contato com órgãos públicos, assim ele recebia informações das licitações, muitas vezes já providenciava termos de referência ou orçamento para ser apresentadas. Ao mesmo tempo também fazia a ponte com as outras empresas integrantes do grupo, ou seja, tudo passava por ele”, afirma o promotor.

O vereador, que já foi presidente da Câmara em Catanduva, e as outras seis pessoas ficarão presas temporariamente por cinco dias, mas este prazo poderá ser prorrogado. Todos os envolvidos devem responder pelos crimes de organizações criminosas, fraudes de licitação, lavagem de dinheiro e outros. O promotor André também afirma que as investigações. “Queremos descobrir se existe a participação de outros prefeitos, vereadores ou servidores públicos no esquema”, afirmou. A assessoria do vereador não foi localizada para falar sobre o assunto.

        

 

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